Derrotada com gols irregulares marcados nos primeiros 16 minutos de jogo, seleção encerra Copa 2014 ampliando lista de recordes negativos
Nas semifinais, a seleção brasileira foi humilhada pela Alemanha e a Holanda perdeu para a Argentina apenas nos pênaltis. Depois dos jogos, a comissão técnica do Brasil disse que jogaria na decisão do 3º lugar para encerrar a Copa do Mundo com honra e dignidade, enquanto o técnico holandês admitiu que preferia não fazer o último jogo e voltar logo pra casa.
Dentro de campo, porém, mais uma vez o time brasileiro mostrou falta de padrão tático e acabou superado, dessa vez por 3 a 0, por uma equipe melhor treinada. O desespero para pressionar a saída de bola holandesa no início acabou punido com dois gols antes dos 16 minutos, ambos influenciados pela arbitragem, com uma falta fora da área transformada em pênalti e um impedimento não marcado que resultou em bola cruzada na área e gol de rebote. No final do segundo tempo, Wijnaldum fechou o placar.
Pode-se esperar que os erros de arbitragem, portanto, engrossem o repertório de justificativas da comissão técnica para administrar a crise pós-derrota. Ainda poderão ser citados dois supostos pênaltis não marcados para o Brasil, um agarrão em David Luiz no primeiro tempo e uma mão na bola no segundo, ambos os lances de autoria do zagueiro Vlaar.
Mas o fato é que a seleção brasileira encerrou sua Copa em casa acrescentando novos recordes negativos àqueles já adquiridos com a vexaminosa derrota por 7 a 1 para a Alemanha, a pior de um anfitrião em toda a história do torneio.
Com os três gols deste sábado no Mané Garrincha, o Brasil chegou a catorze sofridos, a pior marca da história, superando os 11 sofridos pela seleção na edição de 1938. Julio Cesar, por sua vez, tornou-se o goleiro mais vazado da seleção, com 18 gols sofridos em 12 jogos. Taffarel, o antigo detentor da marca, sofreu 15 gols em 18 jogos.
Na Copa que organizou para ser campeão, o Brasil termina sem conquistar sequer o prêmio de consolação. Para Louis Van Gaal e seus comandados na Holanda, a despedida veio com a realização da meta de, ao menos, terminar a campanha sem nenhuma derrota.
Quatro dias depois, pane continua
Com dezesseis minutos de jogo, a Holanda já vencia o jogo em Brasília por 2 a 0. Se contra a Alemanha as justificativas após o vexame apontaram para a "pane de seis minutos", dessa vez elas poderão vir acompanhadas de críticas à arbitragem.
Logo na saída de bola, o Brasil mostrou estar disposto a ser agressivo, marcando na pressão até o goleiro Cillessen. Com apenas 84 segundos de jogo, porém, a Holanda conseguiu contra-atacar e Thiago Silva cometeu falta fora da área em Robben, que o árbitro argelino Djamel Haimoudi transformou em pênalti. Van Persie bateu e abriu o placar.
Aos 16, novo erro da arbitragem contribuiu para o 2 a 0. De Guzmán, que estava impedido, foi lançado por Robben na direita, chegou à linha de fundo e cruzou para trás. David Luiz desviou de cabeça, mas o rebote caiu nos pés do canhoto Blind, que ajeitou e chutou de perna direita para superar Julio Cesar.
Como contra a Alemanha, o Brasil se mostrava perdido. David Luiz carregava a bola até o ataque, ignorando a existência dos volantes do time. Oscar voltava até a defesa para iniciar a transição da bola para o ataque. E nenhum dos métodos funcionava.
Aos 35, um lance pela direita foi emblemático da confusão brasileira em campo. Com dois jogadores dentro da área e outros dois se aproximando, veio um cruzamento. O autor? Jô, centroavante de referência e jogador mais alto da seleção, cm 1,91 metro. Obviamente, não houve quem subisse mais alto que a defesa holandesa.
Alterações não surtem efeito e Holanda administra
Na volta do intervalo, Felipão trocou Luiz Gustavo por Fernandinho. Pouco depois dos dez minutos, Hernanes entrou no lugar de Paulinho. No final, Hulk ainda substituiu Ramires. Mas nenhuma das alterações influenciou o suficiente para resultar em uma reação no placar.
O jogo ficou mais equilibrado, é verdade. Mesmo que sem organização, o Brasil passou a chegar mais próximo da área holandesa, geralmente em bolas alçadas na área, que facilitavam o trabalho da alta defesa adversária. A postura ofensiva, no entanto, também proporcionava chances de contra-ataque para Robben e companhia.
Foi numa dessas chances, já aos 44 minutos do segundo tempo, que saiu o terceiro. Janmaat recebeu passe de Robben na direita, cruzou e Wijnaldum só completou para o fundo das redes. Nos últimos minutos, Van Gaal ainda teve tempo de colocar seu goleiro reserva, Vorm, em campo. Com isso, ele colocou em campo todos os 23 convocados para a Copa do Mundo.
FICHA TÉCNICA - BRASIL 0 X 3 HOLANDA
Local: estádio Mané Garrincha, em Brasília (DF)
Data: 12 de julho de 2014, sábado
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Djamel Haimoudi (Argélia)
Assistentes: Redouane Achik (Marrocos) e Abdelhak Etchiali (Argélia)
Cartões amarelos: Thiago Silva, Fernandinho e Oscar (Brasil); De Guzmán e Robben (Holanda)
Cartões vermelhos: -
Gols:
Holanda - Van Persie, aos 2, e Blind, aos 16 minutos do primeiro tempo; Wijnaldum, aos 44 minutos do segundo tempo;
Data: 12 de julho de 2014, sábado
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Djamel Haimoudi (Argélia)
Assistentes: Redouane Achik (Marrocos) e Abdelhak Etchiali (Argélia)
Cartões amarelos: Thiago Silva, Fernandinho e Oscar (Brasil); De Guzmán e Robben (Holanda)
Cartões vermelhos: -
Gols:
Holanda - Van Persie, aos 2, e Blind, aos 16 minutos do primeiro tempo; Wijnaldum, aos 44 minutos do segundo tempo;
BRASIL: Júlio César; Maicon, Thiago Silva, David Luiz e Maxwell; Luiz Gustavo (Fernandinho), Paulinho (Hernanes), Ramires (Hulk), Oscar e Willian; Jô
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Técnico: Luiz Felipe Scolari
HOLANDA: Cillessen (Vorm); Vlaar, De Vrij e Martins Indi; Kuyt, Wijnaldum, Clasie (Veltman), De Guzmán e Blind (Janmaat); Robben e Van Persie
Técnico: Louis Van Gaal
Técnico: Louis Van Gaal
Fonte: http://copadomundo.ig.com.br/2014-07-12/brasil-tem-nova-pane-no-inicio-arbitragem-erra-duas-vezes-e-holanda-fica-em-3.html
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