Solteiros ultrapassam casados no país entre 2009 e 2011

Número de pessoas morando sozinhas subiu de 7 milhões para 7,8 milhões


Apresentação. A gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, divulgou os dados ontem no Rio de Janeiro
Número de pessoas morando sozinhas subiu de 7 milhões para 7,8 milhões
Rio de Janeiro. No Brasil, o time dos que se declaram solteiros supera o dos casados, segundo revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011 do Instituto Brasil de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada ontem. A nova versão do estudo, realizado a cada dois anos, indica que o número de brasileiras e brasileiros acima de 15 anos que se declaram solteiros subiu de 62,2 milhões em 2009 (42,8%) em 2009 para 72 milhões no ano passado (48,1%). No mesmo período, caiu de 66,6 milhões (45,9%) para 59,7 milhões (37,2%) o número de pessoas casadas no civil e/ou no religioso.

Pelos dados do IBGE, 57,1% dos brasileiros viviam sob uma união conjugal em 2011. Desse total, 37,2% eram casados no civil e/ou no religioso e 19,8% coabitavam em uma união consensual. Outros 42,9% permaneciam solteiros.

Dos que estavam sob união consensual, 76,6% eram solteiros pela força legal e 11,5% ainda estavam casados oficialmente com outra pessoa. Outros 8,9% eram divorciados ou separados e apenas 3% se declararam viúvos. Os dados indicam principalmente um enfraquecimento da formalização de relacionamentos conjugais.

Entre os solteiros podem estar, por exemplo, casais que têm relação estável, morando ou não no mesmo domicílio. Pela primeira vez, a Pnad buscou identificar, de forma independente, o estado civil declarado e a existência ou não de união estável.

Dos 57,1% (85,5 milhões de brasileiros) que vivem em união, 37,2% estão em um casamento civil e/ou religioso, e 19,8% apenas em uma união consensual. Deste último grupo, 76,6% se declaram solteiros, apesar de viverem com um parceiro.

O percentual das mulheres que não viviam em união, mas que já haviam sido casadas, é superior ao dos homens na mesma situação - 26% para elas, 15,5% para eles.

"Esse dado aponta que a capacidade dos homens de reconstituírem a vida é maior do que a das mulheres", afirma o gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Segundo a pesquisa, a variação do número de domicílios com apenas um morador foi a mais expressiva, entre 2009 e 2011, passando de 7 milhões para 7,8 milhões.

Ainda entre os brasileiros acima de 15 anos, 42,9% disseram não ter vida conjugal em 2011 - 64,3 milhões de pessoas. A maior proporção está no Nordeste - 44,6%. São 7,9 milhões de homens e 10 milhões de mulheres.

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