Cúpula dá status de 3ª guerra mundial à luta contra terrorismo

Líderes de 60 países concordam, em Washington, que combater o EI é a batalha do século

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Em fuga. Líbios recém-chegados à ilha italiana de Lampedusa andam pelas ruas. Com as recentes incursões do EI, é cada vez maior o o número de pessoas que deixam a Líbia com medo do terror.

Washington, EUAOs Estados Unidos expressaram nesta quinta que pretendem unir a comunidade internacional no combate ao terrorismo jihadista, durante uma cúpula mundial em Washington, na qual se discutiu uma estratégica concreta para “uma nova guerra contra um novo inimigo”.

secretário de Estado, John Kerry, encerraram três dias de uma reunião “contra o extremismo violento” na presença de representantes de 60 países, entre eles o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, e os ministros do Interior francês e britânico, Bernard Cazeneuve e Theresa May, respectivamente.
A reunião ganhou relevância após os recentes atentados em Paris e Copenhague e em plena campanha internacional contra o grupo Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria. “Estamos aqui hoje (nesta quinta) porque estamos unidos contra o aumento do extremismo violento e contra o terrorismo”, disse Obama na cúpula. “Os países devem se manter firmes em sua luta contra as organizações terroristas”, frisou Obama, prometendo trabalhar com países instáveis, como Iêmen e Somália, para ajudá-los a “evitar que haja espaços ingovernáveis, onde os terroristas possam encontrar refúgios seguros”.
O combate ao jihadismo extremista é “nossa guerra coletiva enquanto comunidade internacional”, reforçou o ministro jordaniano das Relações Exteriores, Nasser Judeh. “Os desafios que enfrentamos hoje são os de uma terceira guerra mundial”, afirmou, citando palavras do rei da Jordânia.
O presidente norte-americano, assim como outros membros de seu governo, cercou-se de cuidado para falar de radicalismo islâmico, uma precaução na linguagem reprovada por seus opositores do Partido Republicano. Obama defendeu ainda que “a noção de que o Ocidente está em guerra contra o islã é uma mentira horrível, e todos nós, sem importar nossa fé, temos a responsabilidade de repudiá-la”.
Novo inimigo. Analistas sustentam que cerca de 20 mil combatentes estrangeiros se somaram nos últimos anos aos extremistas na Síria e no Iraque. Pelo menos 4.000 eram provenientes da Europa Ocidental. “Não tem precedentes”, advertiu Kerry. Ban Ki-moon alertou que “o surgimento de uma nova geração de grupos terroristas como Daesh (acrônimo do EI em árabe) e (o grupo islamita nigeriano) Boko Haram representa uma grave ameaça para a paz e a segurança mundial”.
O encontro ocorre seis meses depois da criação de uma coalizão internacional de cerca de 60 países contra o Estado Islâmico – que essencialmente realiza bombardeios aéreos contra posições do EI na Síria e no Iraque.
Nova reunião
Promessa. A ONU se comprometeu a convocar nos próximos meses uma cúpula mundial de líderes religiosos para “enviar uma forte mensagem de solidariedade e tolerância”.
Grupo toma universidade

Bengasi, Líbia. Jihadistas que afirmam pertencer ao braço líbio do grupo Estado Islâmico (EI) tomaram o controle da universidade de Sirte, a 450 km de Trípoli, onde os cursos tiveram que ser suspensos, segundo um professor.

O braço líbio do EI tomou o controle das instalações após chegar à cidade, na véspera, com um comboio de cerca ca de 60 veículos pertencentes a essa organização jihadista, que desfilou nas ruas.

Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/mundo/c%C3%BApula-d%C3%A1-status-de-3%C2%AA-guerra-mundial-%C3%A0-luta-contra-terrorismo-1.996527


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