Se você é do tipo que gosta de manter o carro sempre limpo, saiba que esse procedimento pode fazer com que a pintura tenha vida útil maior. Isso ocorre porque alguns tipos de sujeira podem causar danos irreversíveis à pintura.
Um dos elementos que precisam ser removidos com rapidez, sob a pena de causar esses danos, são as fezes de aves, como pombos e passarinhos. Muito ácidos, esses excrementos são capazes de penetrar pela camada de verniz que protege a tinta da carroceria, gerando manchas.
O ideal, nesses casos, é remover imediatamente a sujeira: em 24 horas, acidez das fezes já é capaz de danificar o verniz. Se não der para lavar o carro todo, retire apenas o dejeto, usando água e sabão neutro.
Outro tipo de sujeira bastante perigosa para a pintura é a provocada por combustíveis. Por isso, é preciso ficar atento na hora de abastecer o veículo: se o frentista deixar derramar gasolina, etanol ou diesel para fora do local de abastecimento, lave o local imediatamente.
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| Limpa-vidros e flanela são apropriados para limpar o para-brisa |
As cinzas também são inimigas da pintura: quando entram em contato com a água, elas reagem quimicamente, formando um alcaloide prejudicial. Nesses casos, é melhor retirar a sujeira a seco. Evite ainda deixar o veículo embaixo de árvores. A seiva que cai da copa, se secar, irá colar na lataria e exigir muitos esfregões para sair. Já as folhas caídas, se entrarem em putrefação, liberarão ácidos corrosivos.
INTEMPÉRIES. Deixar o carro "no tempo", exposto às intempéries, é uma prática nociva para a pintura. Os raios ultravioleta emitidos pelo sol são extremamente nocivos: aos poucos, eles vão queimando a pintura. Se a tinta for sólida, o efeito é mais rápido, pois o pó de alumínio presentes nas pinturas metálicas e os cristais de quartzo que compõem as perolizadas ajudam a refletir a radiação solar.
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| Utilize um pano seco e limpo para enxugar o carro após a lavagem |
Ao contrário do que alguns motoristas pensam, até a chuva pode ter efeito destruidor para a pintura. É que nas grandes cidades e em locais com maiores índices de poluição atmosférica, é comum a incidência de chuvas ácidas. A exposição frequente a esse fenômeno faz com que o verniz vá, aos poucos, sendo corroído.
Até o sereno que costuma cair durante a noite, especialmente no inverno, é capaz de fazer estrago no carro. Quando nasce o sol, a umidade não seca de modo uniforme na lataria, ocasionando manchas. Por isso, o ideal é guardar o veículo sempre em garagem coberta. Se for impossível estacionar sob um teto, é ainda mais importante manter o veículo limpo. Outra medida simples e eficaz é encerar a pintura, para formar uma película protetora.
ATENÇÃO. Se por um lado, lavar o carro ajuda a mantê-lo em bom estado, por outro é preciso tomar alguns cuidados na hora da higienização. É importante se certificar de que não sejam utilizados produtos derivados do petróleo nos pneus. A composição química do produto acaba danificando a borracha.
Antes de molhar o carro, é importante escolher um lugar à sombra para não manchar a pintura. Utilize um pano macio embebido numa solução de água e sabão neutro para retirar a sujeira, mas sem esfregar demais a carroceria. De acordo com os especialistas, um dos erros mais comuns na lavagem caseira de carros é o uso de produtos domésticos como sabão em pó e detergente comum, que a longo prazo podem danificar de forma permanente a pintura do veículo com manchas e corrosões.
O ideal é começar a limpar o veículo pelo teto, deixando as rodas por último, já que acumulam mais sujeira. Enxaguar é a próxima etapa, que também deve começar pelas partes mais altas do carro em direção às rodas. Para dar como terminando o serviço, é preciso enxugar a carroceria com um pano limpo e seco que não cause riscos. O veículo só poderá ser encerado após a secagem.
Por Edinilson de Sousa Matias
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