SAIS ESPECIAIS - Aposente o velho saleiro

sais
Você acha que sal é só o branquinho do saleiro? Veja essa seleção de 10 tipos especiais

vermelho do havaí
Sal vermelho do Havaí

peru
Sal róseo do Peru

rosa do himalaia
Sal rosa do Himalaia
Maldon
Flor de sal Maldon
kala namak
Sal negro da Índia
flor de sal
Flor de sal
defumado
Sal defumado
azul
Sal azul da Pérsia
anatolial
Sal anatolial
fabrizio
O designer Fabrízio Libânio e parte de sua coleção de sais especiais, de todas as partes do mundo

negro do havai
Sal negro do Havaí

Assunto sério na cozinha, o sal não aceita discussão. O fracasso do cozinheiro é evidente quando ele falta ou sobra. Até bem pouco tempo atrás, os brasileiros conheciam poucas versões do ingrediente: o sal de cozinha comum, o sal grosso para o churrasco, sal marinho para receitas mais especiais e a flor de sal em casos raríssimos.
Agora, começam a chegar às gôndolas mais opções de sais especiais, de vários lugares do mundo, desde a cordilheira do Himalaia até o Havaí. De cores diferentes e sabores especiais, cada um tem uma personalidade – alguns são muito valorizados pela textura (como o Maldon), outros, pelo colorido que emprestam ao prato (como os sais rosas, o azul e o vermelho).
Com uma característica em comum: “todos eles servem, claro, para salgar”, explica o coordenador do curso de gastronomia da Estácio de Sá, Danilo Simões. Para preservar suas características, a dica é só finalizar os pratos com eles. “Não é recomendável levá-los à panela, ou usá-los em marinadas, porque assim se perde a cor e a textura, o melhor que eles têm a oferecer”, diz o professor.
Os tipos de extração os dividem em duas categorias: os marinhos, resultado da evaporação da água do mar, e os de gema, obtidos em minas subterrâneas. E não são baratos: podem custar até cem vezes mais do que o sal comum – e talvez isso explique porque não sejam tão usados em pratos de restaurantes.
Mas em casa pode ser divertido testar diferentes combinações. É o que faz o designer de embalagens Fabrízio Libânio: ele tem uma coleção com 67 tipos, que inclui algumas preciosidades, como o sal do Mar Morto, a mais recente conquista.
Dos sais que começam a ser mais conhecidos agora, como o rosa do Himalaia, por exemplo, ele tem várias versões, já há bastante tempo: em pedras para serem raladas, moído e em placas, que são levadas diretamente ao fogão.
“Eu realmente não sabia que pudesse existir um sal vermelho, ou menos ainda, negro. Quando comecei a me interessar pelo assunto e a descobrir essas coisas, fiquei surpreso. Aí, sempre que viajava, procurava para comprar. Assim a coleção tomou corpo”, diz ele.
Diferentemente de muitos colecionadores, Libânio não considera seus objetos de afeição intocáveis – pelo contrário. “Quero mais é comer a coleção e compartilhá-la com meus amigos”, afirma.
Quando ganha algum sal de presente, por exemplo, o designer gosta de convidar quem o presenteou para degustar o sal em um prato preparado por ele. “Gosto muito de cozinhar por hobby e o sal cria, pelo menos, um pretexto para reunir gente em casa. Só não gosto de ir para o fogão quando é algum amigo chef. Aí, prefiro que ele cozinhe”, diz, aos risos.
Fonte: http://www.otempo.com.br/gastro/aposente-o-velho-saleiro-1.985534

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