Ansiedade seria indício de infarto em mulheres


As mulheres são mais propensas do que os homens a morrer de ataque cardíaco devido a um diagnóstico mal feito que atribui seu mal-estar a um ataque de ansiedade, segundo estudo divulgado segunda-feira no Canadá. Cientistas da Universidade de McGill em Montreal pesquisaram a diferença de mortalidade entre homens e mulheres que sofrem ataques do coração. 

Para isto, interrogaram 1.123 pacientes de 18 a 55 anos hospitalizados em 24 instituições do Canadá, mas também em um hospital dos Estados Unidos e outro da Suíça. Os pacientes, todos com síndrome coronariana aguda, responderam aos cientistas nas 24 horas posteriores à sua entrada no centro médico. 

As mulheres entrevistadas tinham origem sócio-econômica mais modesta do que os homens que participaram do estudo. 

Por fim, elas demonstraram correr mais riscos de sofrer de diabetes e hipertensão, havia mais casos de doenças cardíacas em suas famílias e tinham mais possibilidades de sofrer de depressão e ansiedade do que os homens. 

Os cientistas, cujos estudos são publicados na revista da Associação Médica do Canadá, constataram que, em média, os homens eram mais submetidos a eletrocardiogramas rápidos e desfibrilação do que as mulheres. 

Os pesquisadores explicam esta diferença de tratamento pelo fato de que as mulheres costumam recorrer com mais frequência do que os homens ao serviço de emergência com dor torácica de origem não cardíaca. 

Além disso, "a prevalência da síndrome coronariana aguda é menor entre as mulheres jovens do que entre os homens jovens", disse a principal pesquisadora do estudo, Louise Pilote. Estes resultados, explicou, sugerem que o pessoal médico têm mais probabilidades de confundir um evento cardíaco nas mulheres com sintomas de ansiedade. 

Novidade 

O grupo japonês Toshiba apresentou ontem uma máquina que analisa o hálito com o objetivo de permitir que os profissionais de saúde detectem algumas doenças, apenas 30 segundos depois de o paciente soprar no aparelho. 

Este protótipo, do tamanho de um forno de micro-ondas, conta com um dispositivo eletrônico de análise que permite quantificar a presença de acetaldeído, metano ou acetona, característica de certas patologias (diabetes, problemas estomacais, etc). 

"O hálito exalado na máquina se irradia com laser infravermelho e assim são detectados rastros de gases", explicou a Toshiba. 

A empresa tem a intenção de prosseguir com as pesquisas com universidades e outros estabelecimentos e ampliar o espectro de gases detectados. 

Texto produzido pela agência de notícias AFP

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