Mineiro cria aparelho que determina se peixe pode ser consumido

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Mineiro Davi Oliveira é premiado por invenção
Após um ano de pesquisa, o mineiro Davi Oliveira, 21, desenvolveu um dispositivo de baixo custo que determina se peixes ou frutos do mar estão adequados para o consumo. Ontem, ele foi recompensado pelo esforço, que fez parte de sua iniciação tecnológica na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), ao ganhar o segundo lugar da categoria estudante do ensino superior do prêmio Jovem Cientista, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Em entrevista ao jornal O TEMPO, Oliveira explicou que seu projeto buscou resolver um grande problema relacionado aos alimentos provindos da pesca: a rápida degradação. Além do processo natural de deterioração do alimento, que já é rápido, más condições de manipulação, armazenamento e transporte contribuem para sua perda de qualidade.
Com os biossensores nanoestruturados desenvolvido pelo estudante, o controle de qualidade do pescado fica mais simples, o que possibilitaria, por exemplo, que o alimento de alto valor nutricional, rico em proteínas e nutrientes, estivesse mais presente nas merendas escolares.
“(O dispositivo) pode ser utilizado pelas escolas, por produtores e por todos os que precisarem de um controle mais rígido da qualidade do pescado, de maneira a melhorar a conservação e evitar a compra e o consumo de alimento em fase de deterioração”, explica o estudante mineiro, que planeja continuar a desenvolver o mecanismo.
BRASIL
A 28º edição do prêmio teve “segurança alimentar e nutricional” como tema e premiou nove estudantes brasileiros em três categorias: mestre e doutor, estudante do ensino superior e estudante do ensino médio.

A doutora em nutrição experimental pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) Bárbara Cardoso ficou em primeiro lugar da categoria mestre e doutor ao comprovar que a ingestão diária de castanha-do-brasil melhora funções cognitivas de idosos e pode ser um aliado na prevenção da doença de Alzheimer.
Na categoria estudante de ensino superior, quem levou primeiro lugar foi Deloan Perini, 27, que desenvolveu um sistema inovador de agricultura urbana, que garante segurança alimentar, aproveitamento de espaços ociosos e redução de custos de produção e distribuição.
Aos 17 anos, Joana Pasquali foi a primeira colocada entre os estudantes do ensino médio. A estudante de São Marcos, no Rio Grande do Sul, criou uma fita que acusa se o leite está contaminado.
PRÊMIOS
A entrega das premiações está prevista para o mês de junho, em solenidade no Palácio do Planalto. Na categoria mestre e doutor, os vencedores recebem R$ 35 mil (1º lugar), R$ 25 mil (2º lugar) e R$ 18 mil (3º lugar). Para estudantes do ensino superior, os valores são de R$ 18 mil (1º lugar), R$ 15 mil (2º lugar) e R$ 12 mil (3º lugar). Estudantes do ensino médio em 1º, 2º e 3º lugares recebem um laptop.

Além da premiação, todos os agraciados recebem bolsas de estudo do CNPq, nas modalidades de iniciação científica até o pós-doutorado
Aulas
Pela primeira vez, o CNPq disponibilizou webaulas sobre segurança alimentar e
nutricional para ajudar os estudantes a dar os primeiros passos nas suas pesquisas. O material ficará disponível no www.jovemcientista.cnqp.br até o fim do ano.

Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/brasil/mineiro-cria-aparelho-que-determina-se-peixe-pode-ser-consumido-1.1042603

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