Attack in Paris

Vemos com destaque na imprensa de todo o mundo a cobertura dos atentados em Paris na França, nessa terça-feira dia 13, considerada por muitos a sexta de horrores conforme a crença dos amantes do terror. Mas o que percebemos foi a realidade vindo à tona e deixando um rastro de mortes e uma carnificina sem sentido o que altera toda uma geração futura na sociedade francesa, já temida por ataques terroristas anteriores. 

O Estado Islâmico mais uma vez dá as cartas e desafia as autoridades de outros países por meio de atentados que ceifam vidas que nada tem a ver com as guerras geradas pelos radicais e por aqueles que querem acabar com a sociedade democrática no mundo. 

Esse ataque não representa uma guerra só com o governo francês, mas com todos os países que defendem a liberdade de seus cidadãos pela religião e modos de vida não garantidos nas terras do ISIS (Estado Islâmico), regiões do Oriente Médio, norte da África e Ásia.
Para nós que apenas assistimos a dor ainda é pouco em relação a muitos próximos ao atentado que perderam parentes e amigos, cuja justificativa deixa claro o preço em pagar por ser livre e de desfrutar de um simples entretenimento na cidade-luz.

Nós cidadãos de bem, brasileiros, comovidos com a tragédia prestamos as singelas homenagens as pessoas que perderam os entes queridos e ficaram marcadas pelas atrocidades que ainda são encontrados em um mundo louco como o de hoje, onde as pessoas perderam o respeito pela vida. 

Aos crentes e não crentes sabe-se que acreditar em um mundo melhor não basta somente crer, mas respeitar as diferenças presentes em todo o momento de nossa vida.

Creio que essas barbaridades irão continuar se não fizermos algo juntos, pois seremos fortes, o Estado Islâmico domina grande parte da Síria e Norte do Iraque, e não entendo, pois nós que somos muitos não conseguimos apagar a ignorância desses selvagens que usam a religião como escudo e justificativa para praticar esses atos covardes.

Se Bashar Al Assad tivesse renunciado, creio que o grupo terrorista não tinha tantos recursos para financiar tamanhas barbaridades, uma vez que o poder de sua família frente ao governo sírio perfaz meio século e que muitos rebeldes junto a população civil estão descontentes com a sua política e exigem sua renúncia.
A woman stands in silence in front of flowers placed outside the restaurant on Rue de Charonne, Paris
A woman stands in silence in front of flowers placed outside the restaurant on Rue de Charonne, Paris  Photo: AP

Por Edinilson de Sousa Matias - professor de Geografia e História

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