Redes sociais se unem contra o EI

Facebook, Twitter e o Google promoverão propaganda contra crescentes anúncios terroristas

IRAQ-CONFLICT
Contra-ataque. Forças iraquianas apoiadas pelas milícias xiitas assumiram o controle de dois bairros da cidade de Ramadi e se aproximaram da Universidade de Al-Anbar, anunciaram as autoridades 
Paris, FrançaDepois dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, Google, Facebook e Twitter tentam promover juntos na internet na França um “discurso contra” em resposta à propaganda jihadista, com a participação do governo e associações.

O objetivo da aliança inédita dos três principais concorrentes da web é para conter a enxurrada de vídeos de propaganda, que se valem de mitos de justiça e heroísmo, procurando doutrinar os jovens para convencê-los a irem para Síria ou Iraque. A França é um dos principais países ocidentais fornecedores de jihadistas.
“Nós lutamos contra o incitamento ao ódio e à violência: nós removemos 14 milhões de vídeos do YouTube no ano passado”, explicou Benoît Tabaka, diretor de políticas públicas para o Google France. “Mas isso não é suficiente: para lutar, temos de espalhar um conteúdo positivo”.
Para todos os especialistas, a repressão sozinha dos locais terroristas não é uma solução. E se a lei francesa anti-terrorismo agora permite que o governo socialista francês peça o fechamento de alguns sites, o Google France diz que “nunca recebeu qualquer pedido das autoridades”.
Para ser eficaz, o contra-discurso, um conceito nascido no mundo anglo-saxão, deve ser criativo. Ele pode passar por escárnio e humor, ou por argumentos teológicos contra, pela verificação fatos ou dar a palavra aos “arrependidos” da jihad, os mais legítimos para responder à propaganda - segundo as empresas. Mas as associações, consideradas as mais eficazes para trazer esse discurso, ainda não dominam essa comunicação. “Com nossa experiência digital nós iremos ajudá-los a melhor promover tais conteúdos nas redes sociais. Nós também oferecemos ligações grátis patrocinados que aparecem no topo da pesquisa, por exemplo, para palavras-chave como “ir para a jihad'”, explicou Benoît Tabaka. Os três grupos convidaram nesta quarta à sede francesa da Google em Paris 30 associações para serem treinadas na criação de mensagens que podem ser amplamente compartilhadas entre os usuários. Também estiveram presentes representantes do ministério do Interior, ligado à operação, e muitos especialistas.
Ramadi está cercada por iraquianos

Bagdá, iraque. As forças iraquianas apoiadas pelas milícias xiitas tentavam nesta quarta cercar os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) em Ramadi, e tomaram vários setores em torno dessa localidade estratégica, antes de iniciar a ofensiva.

Ramadi, capital da província de Al-Anbar, a maior do Iraque, foi conquistada pelos jihadistas no dia 17 de maio depois de ampla ofensiva e de uma retirada caótica dos iraquianas.

No âmbito da operação iniciada na terça-feira, 4.000 homens – soldados, policiais, milicianos xiitas e membros de tribos sunitas – se dirigiram desde o sul da província de Saladino à província de Al-Anbar, de onde avançaram a Ramadi.

Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/mundo/redes-sociais-se-unem-contra-o-ei-1.1046259

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