Bósnia e Irã, com os piores ataques, tentam desencantar por honra e vaga

Seleção asiática, que finalizou só 15 vezes e é a única a não fazer gol, atua na Fonte Nova, palco das três maiores goleadas desta Copa. Vaga pode ser decidida no sorteio

Nas duas primeiras rodadas, a pontaria não esteve lá muito calibrada. O Irã é a única entre as 32 seleções que ainda não balançou a rede, e o único gol marcado pela Bósnia-Herzegovina não foi suficiente para evitar a eliminação precoce na Copa. As duas seleções tentam desencantar no ataque no palco das três maiores goleadas do Mundial até o momento, a Arena Fonte Nova. A partida começa às 13h (de Brasília) desta quarta-feira, com transmissão ao vivo do GloboEsporte.com e do SporTV2. Para os iranianos, está em jogo uma façanha histórica: a chance de avançar pela primeira vez às oitavas de final. Para os europeus, vale a honra, a vontade de deixar o Brasil com a cabeça erguida.
Com duas derrotas em dois jogos, a Bósnia promete uma formação ofensiva para se despedir com uma apresentação digna do que a delegação se propôs a fazer quando iniciou a preparação no Guarujá. Os iranianos, com discurso mais cauteloso, precisam ganhar e ainda torcer por um triunfo da Argentina diante da Nigéria, em jogo no mesmo horário. Se vencer por um gol de diferença, e os africanos perderem por um placar igual, as duas seleções ficarão empatadas em todos os quesitos e a decisão será no sorteio, último critério de desempate. 
Carlos Queiroz coletiva Irã (Foto: Agência EFE)Queiroz deve manter a escalação pouco ofensiva, apesar da necessidade de ganhar da Bósnia (Foto: Agência EFE)
O Irã é a seleção que tem menos finalizações nesta Copa: 15, sendo sete com direção certa. A França, que tem a maior média no quesito, conseguiu 42 em dois jogos. Para mudar os números pouco animadores, os asiáticos têm esperança nos pés de Reza Ghoochannejhad, dono das melhores oportunidades no duro jogo diante da Argentina. Mesmo confiando no artilheiro e ciente do histórico de goleadas do estádio (Holanda 5 x 1 Espanha, Alemanha 4 x 0 Portugal e França 5 x 2 Suíça), o técnico Carlos Queiroz prefere evitar criar expectativas sobre um resultado elástico.
- Não pensamos em goleada. Pensamos em fazer um bom futebol, jogar bem. Sabemos que jogando um bom futebol ficamos mais próximos de ganhar. Nossa abordagem não é pensar nos gols e depois jogar bem. O jogo tem que ser jogado, depois tem que se jogar bem e depois é que se marcam os gols. Quem começa pelo fim normalmente acaba mal – disse, complementando que não deve fazer grandes mudanças no time.
Esperada como possível surpresa do Grupo F, a Bósnia se arriscou bem mais que o Irã no ataque, mas não teve eficiência nem sorte. Das 34 finalizações, apenas uma balançou a rede, já no fim da partida contra a Argentina. Contra a Nigéria, o astro Dzeko teve um gol legal erradamente anulado - criticado e lamentado até hoje pelos europeus. 
dzeko bosnia treino (Foto: Alexandre Lopes)Dzeko, astro da Bósnia, não deve ser poupado contra o Irã (Foto: Alexandre Lopes)
- Não esperávamos terminar tão cedo. Depois da segunda partida, fizemos as malas e foi duro. Mas assim é o futebol, é a vida, e temos que aceitar as coisas como são. Será uma nova experiência nesta quarta, e queremos aproveitar o máximo possível. Vemos essa partida como importante não só para nós, mas para o nosso país. Se entrássemos no campo como turistas, não poderíamos estar mais errados. Temos agora a chance de mostrar o que não mostramos ainda. Seremos muito melhores no campo - afirmou o capitão Spahic.
Para motivar os atletas, a comissão técnica bósnia deu folga ao grupo no primeiro dia em Salvador e, quando finalmente trabalhou em Pituaçu, permitiu a presença de familiares. O treinador revelou que pretende fazer mudanças na equipe titular, mas garantiu um time ofensivo.
Fonte: http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/06/bosnia-e-ira-com-os-piores-ataques-tentam-desencantar-por-honra-e-vaga.html

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