Especialista em segurança adverte para a facilidade de acesso a armas como a que matou Santiago. Imagina na Copa

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BRANCA NUNES
A lista com possíveis problemas ligados à Copa do Mundo no Brasil anexou mais um item nesta semana, depois da morte do cinegrafista Santiago Ilídio Andrade, de 49 anos, atingido por um artefato explosivo enquanto cobria as manifestações contra o aumento das tarifas de ônibus no Rio de Janeiro. Além dos já conhecidos atrasos nas obras dos estádios de futebol, da falência dos transportes públicos e da insegurança generalizada ─ fora o resto ─ a facilidade de acesso a artefatos explosivos letais tornou-se um fato dramaticamente palpável.
Ao analisar as imagens de TV que registram o momento em que Santiago foi atingido, Ricardo Chilelli, especialista em segurança, afirma que o artefato explosivo usado foi produzido de maneira ilegal ou caseira. Diretor-presidente da RCI First Security and Intelligence Advising, empresa de segurança privada sediada nos Estados Unidos que atua em 18 países, Chilelli considera pouco provável que o tipo de arma seja um fogo de artifício legalizado, embora ressalve que a palavra final só poderá ser dada depois do laudo pericial.
“Houve quem tenha levantado a hipótese de ter sido utilizado um rojão de vara, que chega a atingir 60 metros de altura, ou sua versão clandestina, o treme terra, com uma propulsão de 100 metros”, observa Chilelli. “Essa hipótese é falha por três aspectos. Primeiro, porque esse rojão, quando aceso sem a vara, muda de posição com facilidade e provavelmente teria girado em falso antes de explodir. Segundo, como foi colocado no chão, ele encontraria um obstáculo que o impulsionaria para cima num ângulo mais inclinado. Terceiro, a explosão de um rojão desse tipo é seca e gera uma fumaça branca, não cria fagulhas”.


Fonte (Imagem): dukechargista.com.br







Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/tag/santiago-ilidio-andrade/

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