Mitos e verdades sobre os benefícios do café à saúde

Pesquisa norte-americana revela que quem consome quatro xícaras da bebida por dia pode ter uma vida mais longa


Segundo o estudo, os que bebem café regularmente têm vida mais longa
Pesquisa norte-americana revela que quem consome quatro xícaras da bebida por dia pode ter uma vida mais longa
Nas últimas décadas, especialistas têm nos alertado, repetidamente, em artigos científicos que tomar café todos os dias poderia prejudicar a saúde e diminuir a expectativa de vida. De fato, um novo estudo indica que, quando os resultados são ajustados para a idade, o risco de morte cresce entre os consumidores de café. 

Contudo, quando os pesquisadores levaram em conta outras características relacionadas à saúde entre os participantes, como hábito do fumo, uso de bebidas alcoólicas, consumo de carne, atividades físicas e índice de massa corporal, aqueles que bebem café regularmente, surpreendentemente, têm vida mais longa.

"Quem bebe café não precisa se preocupar. O risco de morte é praticamente o mesmo para quem não bebe café", afirma Neal Freedman, epidemiologista no Instituto Nacional do Câncer nos Estados Unidos, que dirigiu o estudo. 

Os consumidores do alimento que estavam relativamente saudáveis ao início do estudo apresentaram menos chances de morte por doenças do coração, respiratórias, acidente vascular cerebral, diabetes e infecções diversas ou acidentes que os sujeitos que não ingeriam a bebida. 

O estudo, publicado no "The New England Journal of Medicine", examinou dados de 402.260 adultos no Institutos National Health-AARP Diet e no National Health Study, nos EUA. Todos os sujeitos tinham idades entre 50 e 71 anos e não apresentavam indícios de doenças do coração, câncer ou derrames cerebrais quando a pesquisa foi iniciada, em 1995. 

Em 2008, 52.515 pessoas haviam falecido. Freedman e seus colegas examinaram as causas de morte dos sujeitos e relacionaram os dados com a quantidade de café que eles afirmaram beber regularmente ao início do estudo. 

O risco de morte caiu gradualmente quando o número de xícaras de café aumentou para quatro ou cinco por dia. Ao chegar a seis ou mais xícaras de café por dia, houve um pequeno aumento no risco de morte, quando comparado ao consumo de quatro ou cinco xícaras diárias. Contudo, as chances de morte continuaram mais baixas do que entre as pessoas que não tinham o costume de beber café.

Traduzido por Luiza Andrade.

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