Ideal é começar a praticar a partir dos 30, mas resultados beneficiam todos
ANDRÉA JUSTE
Exercitar pernas, braços e abdômen é tão importante quanto trabalhar os músculos do rosto. Entre muitos benefícios, a ginástica facial promove a prevenção do envelhecimento da pele e combate rugas. Após alguns meses de sessões acompanhadas por um especialista, como o fisioterapeuta, o paciente está apto a cuidar sozinho da musculatura da face.
Segundo a fisioterapeuta Tatiana Campos Rocha, proprietária do Espaço Equilíbrio, em Belo Horizonte, é comum termos a "mímica facial" praticamente involuntária e, assim, formam-se as marcas de expressão.
Para romper com os vícios, a técnica busca fortalecer os músculos do rosto, estimulando a recolocação da pele e favorecendo a elasticidade. "Com o envelhecimento, as fibras de sustentação da pele vão se rompendo", explica Tatiana.
Além disso, a ginástica tem como objetivo diminuir as diferenças de simetria do rosto e pode complementar tratamentos dentários. "Às vezes, a pessoa não usa uma determinada musculatura por falta de uma mastigação legal", explica Tatiana.
Segundo ela, a atividade promove o conhecimento do rosto. "Ginástica facial não é fazer careta. O trabalho envolve a coluna cervical, a musculatura interna do pescoço e a musculatura facial", diz, lembrando que as ações corrigem posturas. "A pessoa acha que tem ‘papada’, mas, às vezes, é uma questão de postura", afirma.
Indicação. A fisioterapeuta explica que, a partir dos 30 anos, a pele começa a perder a massa facial, indicando o início ideal do tratamento. "Se a pessoa começar aos 55 anos, por exemplo, vai paralisar o envelhecimento e tentar recuperar (a massa facial)", destaca.
Os resultados musculares começam no primeiro mês, mas o controle de rugas é notado a partir do terceiro mês de exercícios diários. Segundo Tatiana, é fundamental não interromper a prática e evitar cigarro, bebida alcoólica e exposição em excesso ao sol. "Quem faz a ginástica facial é uma pessoa que aceita tirar 20, 30 minutos do dia para fazer. Depois, vira uma rotina gostosa", fala.
Nos primeiros seis meses, o paciente deve ser acompanhado e, assim, fica apto a se exercitar sozinho sem vícios e riscos. Segundo Tatiana, a prática não substitui a cirurgia plástica, mas tem ótimos resultados quando não há excesso de pele.
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