Coreógrafo propõe exercícios que "treinam" nosso cérebro

Técnica é para todos os que desejam ter mais equilíbrio e menos lesões


Equilíbrio. Com a ajuda de uma prancha, a fisioterapeuta Vitória Wilden trabalha o equilíbrio e a distribuição do peso
Técnica é para todos os que desejam ter mais equilíbrio e menos lesões
MARIA TERESA LEAL

Esqueça um pouco a tradicional malhação das academias. Pular em cama elástica, catar feijão, massagear os dedos dos pés e escovar a pele são alguns dos exercícios propostos pelo coreógrafo e pesquisador do corpo humano Ivaldo Bertazzo, 63, autor do recém-lançado livro "Cérebro Ativo", que promete revolucionar os conceitos da fisioterapia e dos esportes profissionais. A obra, na verdade, destina-se a todos aqueles que desejam ganhar mais equilíbrio, ter boa postura, respirar bem, evitar lesões e ativar a mente.

Abalizado por seus quase 40 anos de prática profissional em várias escolas - e em sua própria, a Escola do Movimento, fundada em São Paulo - e pelas viagens que fez à Índia e à Europa, Bertazzo desenvolveu um programa de atividades que se propõe a "reeducar os movimentos" e explora, sobretudo, o alinhamento das articulações, o gesto e a expressão individual. "Tudo é bom", diz ele. Dançar, jogar tênis, fazer capoeira, subir na esteira ou cantar. Mas, antes, você precisa programar seu cérebro para executar bem aquilo a que se propõe.

O método é composto pelo que ele chama de "referências preventivas". Se elas estão bem-programadas e construídas, diminuem a possibilidade de lesões e constituem um indivíduo mais pleno. Se não, se chegam apenas através dos músculos, a informação fica caótica, e a pessoa faz um esforço maior para organizar o gesto. "Somente agora, os patrocinadores de grandes atletas e os clubes de futebol e de outras modalidades esportivas estão se preocupando com isso, porque os atletas se machucam e ficam muito tempo parados, se recuperando", ele diz.

"Cérebro Ativo", de Ivaldo Bertazzo. 272 pág. Editora Sesc Manole. R$ 180.

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