Aprender a nadar é fundamental para prevenir acidentes

Piscinas infláveis e até baldes representam uma ameaça aos menores


Precocidade. O bebê Lucca Xavier mergulha ao lado de sua mãe Paula; natação pode ter início aos 15 dias de vida
Watsu, water bike, hidroginástica e hidroterapia são algumas práticas
JANE E. BRODY
Nova York, EUA. A natação pode ser considerada uma habilidade essencial na vida, mais importante para a sobrevivência que qualquer coisa que uma criança possa aprender na escola. Mas o medo da água pode ser um fator que desencoraja pais e filhos. Mesmo que a criança não costume ir nadar, ela deveria saber como fazê-lo, pois pode cair em alguma água, como piscinas, rios, açudes, parques aquáticos e quintais com as chamadas piscinas infantis.

Uma criança pode se afogar em apenas 40 cm de água, quantidade que cabe dentro de um balde. Assim, até as piscinas infláveis podem ser uma ameaça se ela cair de cabeça e não conseguir se levantar.

Muitas crianças não sabem nadar, o que explica, em grande parte, por que o afogamento é a segunda maior causa de morte em crianças de 1 a 19 anos nos EUA. No Brasil, o afogamento também é a segunda maior causa de mortes entre crianças entre 1 e 14 anos, e só fica atrás dos acidentes de trânsito.

Três anos atrás, a Academia Americana de Pediatria reforçou o conselho de que crianças a partir dos 4 anos devem aprender a nadar e ressaltou que menores de 1 a 4 anos são menos propensos a se afogar se passarem por aulas de natação.

Temor. O medo da água costuma ser um dos grandes obstáculos que a criança precisa enfrentar em seus primeiros contatos com o ambiente aquático. Nesses casos, os pais podem não ser os melhores professores, mas é recomendável que um dos responsáveis esteja presente e ao alcance da vista da criança durante suas aulas.

Uma orientação para os pais que querem introduzir a atividade na rotina dos filhos é tentar encontrar uma zona de conforto. Uma criança que tem muito medo ou fica muito nervosa com água por perto pode se sair mal em uma aula em grupo. Uma turma pequena – ou até aulas particulares – é mais propensa a ter bons resultados. Além disso, os pais devem se certificar de que o professor sabe das limitações da criança.

Traduzido por Raquel Sodré

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