Maduro busca `plano viável´ e Capriles, as `mentiras´

Estratégia da oposição será revelar ‘a verdade sobre herdeiros’


Caracas, Venezuela. À frente de uma economia hiperdependente do petróleo, com inflação alta e problemas na distribuição de divisas, o ministro das Finanças da Venezuela, Jorge Giordani, diz trabalhar para transformar o programa do presidente interino e candidato governista Nicolás Maduro em um "plano viável". Giordani falou a jornalistas brasileiros anteontem, em ato político para a formalização da candidatura de Maduro às eleições de 14 de abril.
Chavistas. Ambulante vende produtos que fazem referência a Chávez, morto no último dia 5
RODRIGO ABD/ASSOCIATED PRESS
O plano de governo apresentado por Hugo Chávez em 2012 e ratificado por Maduro fala em seguir na "construção do socialismo", dobrar a produção petroleira, erradicar a miséria (hoje, em 7%) e criar polos produtivos de estatais.

Um dos mais antigos colaboradores de Chávez, Giordani diz que o maior desafio é aliar a manutenção do legado do presidente na área social com investimento na precária infraestrutura do país.

Já a oposição buscará levar Henrique Capriles à presidência revelando as "mentiras" dos herdeiros do comandante. A estratégia vai ter que enfrentar a máquina política do Estado em uma campanha "difícil", segundo um dos principais apoiadores da oposição.

"Não é fácil, não só porque o início da campanha acontece com o próprio funeral de Chávez, mas porque ela é marcada por abuso de poder e mentiras", afirma Leopoldo López, que coordenou a campanha de 2012 de Capriles, que perdeu mas conseguiu uma votação recorde para a oposição.

Ofensa. Familiares de Chávez acusaram Capriles de ofender a memória do finado presidente ao questionar a data de sua morte.

"Não é aceitável que, agora, digam que mentimos sobre a data de sua partida (...). Meu pai morreu lutando e morreu em sua pátria, no dia 5 de março", disse María Gabriela, uma das filhas de Chávez.

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