Em luto, Venezuela homenageia Chávez com cortejo fúnebre até Academia Militar


Vestidos de vermelho, cor símbolo da chamada Revolução Bolivariana chavista, parentes, equipe de governo e milhares honram líder venezuelano, cujo corpo ficará exposto até sexta

O cortejo fúnebre com o corpo do Hugo Chávezmorto na terça-feira aos 58 anos após uma batalha de quase dois anos contra um câncer, partiu às 10h45 locais (12h15 de Brasília) desta quarta do hospital militar de Caracas, onde o presidente venezuelano havia sido internado após voltar de Cuba em 18 de fevereiro.

AP
Caixão coberto pela bandeira venezuelana leva corpo do presidente Hugo Chávez durante cortejo fúnebre em Caracas

Vestidos de vermelho, cor símbolo da chamada Revolução Bolivariana chavista, parentes, equipe de governo e milhares de partidários honram o líder venezuelano, cujo corpo está em um caixão coberto pela bandeira do país.
"Chávez ao panteão!", gritavam seus partidários referindo-se ao mausoléu que ele construiu para abrigar os restos do herói da independência Simón Bolívar, herói da independência do século 19 que Chávez dizia ser sua maior inspiração. Muitos choravam e aplaudiam segurando fotos de Chávez na despedida.
Uma guarda de honra presidencial escolta o caixão enquanto ele avança em um veículo pelas avenidas da capital. O corpo ficará exposto a partidários e será velado na Academia Militar de Caracas até sexta, quando será enterrado na presença de chefes de Estado da região. As autoridades, porém, ainda não informaram onde Chávez será sepultado.
Após o luto pela morte, os venezuelanos esperam o anúncio de novas eleições presidenciais antecipadas, que, segundo o chanceler Elías Jaua, serão convocadas em 30 dias. A expectativa é de que a data seja anunciada após o período de luto oficial, decretado por sete dias.

Reuters
Caixão com o corpo do presidente venezuelano, Hugo Chávez, passa por ruas de Caracas depois de deixar hospital militar onde morreu na terça-feira

No período da eleição até a posse do novo presidente eleito, o país será governado interinamentepelo vice-presidente Nicolás Maduro , que havia sido apontado como potencial sucessor e candidato governista por Chávez antes de ele embarcar para Havana para ser submetido à quarta cirurgia relativa a um tumor não especificado na região pélvica.
De acordo com a Constituição do país, porém, quem deveria governar interinamente nesse período seria o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello. A decisão do governo se ampara na interpretação da Suprema Corte que determinou a continuidade administrativa do governo Chávez e definiu como constitucional a prorrogação indefinida da posse, à qual ele não pôde comparecer em 10 de janeiro por causa da doença.
Em meio à agitação pública por sua morte, os venezuelanos terão de decidir entre dar continuidade à "Revolução Bolivariana" liderada por Chávez por 14 anos ou mudar o rumo do governo do país.
A data das eleições podem coincidir com a semana do 13 de abril, considerada histórica para o chavismo, por ser a que Chávez retornou ao poder após o fracassado o golpe de Estado contra seu governo, em 2002.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2013-03-06/em-luto-venezuela-homenageia-chavez-com-cortejo-funebre-ate-academia-militar.html

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