Homenagem ao Jeca Tatu


Amácio Mazzaropi (1912-1981), que marcou o cinema brasileiro com a figura do Jeca Tatu, completaria 100 anos no próximo dia 9.
Para comemorar o seu centenário, foram montadas mostras de cinema em São Paulo e eventos em Taubaté (a 130 km da capital paulista), cidade onde o artista viveu a maior parte de sua vida.
Militante do cinema brasileiro, Mazzaropi 
morreu em 1981, vítima de um câncer
A partir de hoje, a Cinemateca Brasileira exibe 12 longas que marcaram a trajetória do artista paulistano. "A partir do nosso acervo, selecionamos os títulos mais importantes, como ‘Sai da Frente’, o primeiro longa do comediante, em que já aparece a figura do caipira, o personagem Candinho, que evoluiria para o Jeca Tatu", conta Rafael Carvalho, programador da Cinemateca.
Mazzaropi começou sua carreira no rádio, passou pela televisão, mas, depois do primeiro filme, em 1950, não saiu mais do cinema. Chegou até a criar a sua própria produtora, a Pam Filmes, em 1958, que teve início com o filme "Chofer de Praça".
"Todo o dinheiro que ele recebia gastava com equipamentos e produção. Ele queria criar uma indústria do cinema no Brasil", conta Soleni Fressato, autora do livro "Caipira Sim, Trouxa Não", que fala sobre a importância do trabalho do artista e do seu personagem. Massacrado pela crítica na época, Mazzaropi é sucesso de público até hoje. "Na época do lançamento dos filmes, havia quarteirões de fila. O próprio Mazzaropi disse que seu talento só seria valorizado depois de sua morte. E foi exatamente o que ocorreu", afirma Soleni.

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