Depois do Chile, Argentina também tem protestos

Buenos Aires, Argentina. A insatisfação que levou milhares de estudantes às ruas do Chile em diversos protestos nas últimas semanas também está agitando a Argentina, onde alunos ocuparam escolas e ganharam destaque nos jornais. Em Buenos Aires, jovens exigem o cumprimento de um plano de obras prometido pelo governo da capital.

Além das críticas dos estudantes, o governo enfrenta também acusações da União de Trabalhadores da Educação (UTE). O sindicato acusa as autoridades de criminalizarem a ação. Entre as escolas ocupadas, estão a 15 Antonio Devoto, Normal 10, Falcone, el Fernando Fader e Media, segundo o jornal "La Nación"."O governo portenho não apenas tenta resolver as demandas dos estudantes com autoritarismo, como também pretende usar os diretores de escola como corrente de transmissão dessas medidas", afirmou Eduardo López, secretário-geral da UTE.Em outros colégios, estudantes vão promover um abraço para pedir melhoras na infraestrutura. Os professores também protestam, e a associação docente Admys planejava promover uma aula pública em frente ao Ministério da Educação da cidade.O ministro da Educação local, Esteban Bullrich, diz que não há razão para a ocupação dos estabelecimentos. Para ele, são grupos minoritários de docentes que apoiam os protestos. Ele também pediu que a Justiça intervenha para preservar os direitos de estudantes que não participam das manifestações.Chile. Numa tentativa de conter os protestos estudantis que paralisaram os ensinos médio e superior no Chile no último mês, o presidente Sebastián Piñera propôs nesta noite de antes de ontem um acordo nacional para a educação, anunciando um pacote de medidas que inclui a criação de um fundo de US$ 4 bilhões. 

MEDIDAS
Chilenos rejeitam proposta de Piñera
Santiago, Chile. As medidas anunciadas na noite de terça-feira pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, com o objetivo de interromper as mobilizações estudantis que exigem uma melhor educação pública e o fim do lucro nas universidades, foram rejeitadas pelos alunos.

A presidente da Federação de Estudantes do Chile (FECh), Camila Vallejo, classificou como "uma grande decepção" as propostas, que, disse, marcam um retrocesso. "Com relação ao lucro, hoje não se faz valer a lei: desrespeitam a lei que eles mesmos criaram", enfatizou.Além disso, a dirigente disse que Piñera negou a possibilidade de os colégios municipais passarem a depender do Estado, a "principal reivindicação dos estudantes do ensino médio". Em declarações à rádio Cooperativa, Camila confirmou a convocação de uma grande manifestação para 14 de julho, quando, junto aos estudantes, haverá trabalhadores do setor de saúde, mineração e metalurgia, dentre outros.

Fonte: www.otempo.com.br

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