PROFESSOR – A DIFÍCIL MISSÃO DE “EDUCAR



A vida profissional hoje, de quem segue a vida de professor no Brasil não é nada fácil, além do acúmulo de atividades que não são desenvolvidas somente na área escolar, como o preenchimento de diários e elaboração de planos de aula. Estes profissionais sofrem com a intensa rotina diária, que levam a depressão e outros problemas de saúde. O professor é ao mesmo tempo educador e às vezes médico e psicólogo ao enfrentarem problemas na escola. A maior recompensa sem dúvida é o reconhecimento e produtividade dos seus trabalhos ao transmitir o conhecimento e ver que o aluno aprendeu o conteúdo levando-o para a sua vivência. Quando se diz que no Brasil falta educação de qualidade para que o país possa de fato crescer, muitas vezes não coincide com a realidade em todo o território devido aos diferentes graus de desenvolvimento regional. Isso ocorre também porque grande parte dos educadores passam por cima da falta de recursos como a tecnologia como geralmente ocorre nas escolas rurais. Outro problema de grande impedimento para a aprendizagem dos educandos é a falta de limite pelos pais no ambiente familiar e este comportamento reflete na falta de respeito com os professores. Um país que está prestes a realizar uma Copa do Mundo e que não valoriza a educação não pensa no futuro, mas pensa no alto investimento e grandes custos em segurança pública, pensar no agora é fundamental para o futuro de um país. Erram aqueles que pensam que o individuo possa ser educado totalmente pelo professor. Isso não é possível tendo em vista que a criança quando entra na escola, ainda em tenra idade, já trás consigo os costumes que adquiriram dos pais desde o nascimento. A lei brasileira é falha e não garante melhorias na educação a partir de mais investimentos, tirando o direito de cidadão do acesso ao conhecimento para buscar a sua cidadania e garantia de seus direitos. A realidade contrapõe com as campanhas fictícias e demonstrativas do governo com os seus resultados eficazes. Para o professor, torna-se humanamente impossível instruir e educar ao mesmo tempo, por mais que tentem, não haverá consenso absoluto entre aquilo que se convencionou chamar de “educação” e instrução, sendo essa última, a principal tarefa do professor. Instruir, isto é, preparar a criança, o jovem e o adulto para enfrentar o mercado de trabalho se constituem o dever principal do professor. Contudo, é inegável que a escola também educa no sentido de que, além do convencionalismo das matérias também orienta o aluno sob o ponto de vista moral, exemplificando aquilo que bem pode ser chamado de “comportamento social”, tendo em vista que, em muitos casos os pais não oferecem as mínimas condições de educar o filho devido a problemas conjugais e/ou socioeconômicos. Após a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, tornou-se ainda mais difícil ao professor a tarefa de educar e de instruir tendo em vista que, apesar da boa intenção dos governos em proteger as crianças de maus tratos sofridos pelos adultos, criou-se também uma “super proteção” aos “menores” proporcionando-lhes a chance de se auto-protegerem, impossibilitando qualquer tipo de reprimenda por parte dos professores sob pena de terem suas carreiras comprometidas. Não é de hoje que se discute o comportamento do jovem na escola e seu relacionamento com o professor. Se antigamente o rigor dos professores chegava ao castigo extremo da palmatória e de outros artifícios para corrigir alunos rebeldes, hoje os papéis se inverteram e não raro pode-se assistir em noticiários, alunos que ameaçam professores, forçando-os a se afastarem de suas funções na escola. Com certeza, esse tipo de comportamento não é ensinado em nenhuma escola, pois, todos nós trazemos, como já foi dito, as nossas tendências e passamos a ter um melhor discernimento de tudo o que nos cerca quando passamos a nos relacionar socialmente. A “arte” de “educar” não constitui apenas em ensinar as letras e o conhecimento técnico, mas também na contribuição para o desenvolvimento do caráter do aluno, visando o respeito ao convívio social. Pode-se dizer também que está mais do correto o velho ditado dos antigos quando dizem que a “educação vem do berço”. Ao lado um vídeo sobre a situação escolar hoje no Brasil no Profissão Repórter da Rede Globo.

Edinilson de Sousa Matias
 Estudante de Jornalismo e professor
Vídeos sobre a violência nas escolas brasileiras do Profissão Repórter da Rede Globo

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