Japão e mundo sob alarme nuclear


A crise nuclear no Japão pode ser encarada como um daqueles momentos decisivos onde a sociedade deve decidir por qual caminho irá seguir.
Muitos países apostam na energia nuclear como uma das alternativas mais viáveis para se livrar da dependência dos combustíveis fósseis. União Européia, Estados Unidos e até o Brasil tem planos de expansão no número de usinas, que são também vistas como uma saída para frear o aquecimento global, por não emitirem gases do efeito estufa. Porém, o vazamento de material radioativo na usina de Fukushima, cujas consequências ainda não estão claras, pode alterar todos esses planos.
De agora em diante, mesmo se os países resolverem dar prosseguimento aos seus programas nucleares, eles deverão enfrentar uma oposição mais forte de setores da sociedade que preferem opções mais seguras de geração de eletricidade. O que pode representar uma oportunidade de crescimento para as energias renováveis, como solar e eólica.
Quem já percebeu isso foram os investidores internacionais, que estão promovendo uma verdadeira corrida pelas ações de empresas de energia limpa. Algumas delas ultrapassaram altas de 70% apenas nesta segunda-feira.
A indústria de energia renovável movimentou US$ 188 bilhões em 2010 e tem tudo para ir muito além disso em 2011.
Infelizmente a nossa história mostra que são precisos grandes traumas para provocar as mudanças necessárias na sociedade. O crescimento do uso das energias limpas poderá ser o ponto positivo de toda essa tragédia no Japão.

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